Na quarta-feira, 18, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está realizando uma visita a Israel, coincidindo com os preparativos do país para uma possível invasão da Faixa de Gaza e a crescente pressão internacional por um corredor humanitário para a evacuação de civis das áreas de conflito.
De acordo com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a reunião entre Biden e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tem como objetivo reiterar “a solidariedade dos Estados Unidos a Israel e o compromisso inabalável com sua segurança”. Essa será a décima primeira visita de Biden a Israel, conforme relatado pela agência Reuters. Sua primeira visita ocorreu em 1973, quando era senador, antecedendo a Guerra do Yom Kippur, envolvendo Israel, Egito e Síria.
Além de sua visita a Israel, estava planejado que Biden viajasse para a Jordânia, onde teria encontros com o rei Abdullah II, o líder palestino Mahmud Abbas e o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi. Contudo, o encontro foi cancelado devido a um ataque aéreo em um hospital no centro da Faixa de Gaza. Autoridades palestinas relatam um trágico saldo de mais de 500 mortes.
No último domingo, durante uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, o presidente democrata reiterou seu apoio a Israel, mas expressou preocupações sobre a manutenção de uma ocupação militar na Faixa de Gaza após a planejada invasão nos próximos dias. Destacando a importância de Israel aderir às regras de guerra, o professor de políticas internacionais da FGV, Daniel Rio Tinto, sugere que a visita de Biden não apenas simboliza apoio, mas também serve como um alerta a Benjamin Netanyahu, enfatizando a necessidade de moderação e respeito ao sistema internacional baseado em regras.
Nesse contexto, a presença de Biden em Israel não é apenas uma demonstração de solidariedade, mas também uma oportunidade crucial para instar o país a agir dentro dos parâmetros legais e éticos. A visita destaca a complexidade do cenário, onde o apoio se mescla com advertências, delineando a delicada linha que os Estados Unidos buscam percorrer em meio à tensão regional.
