O vereador acrescentou que apenas os agentes que atuam nas viaturas estão manipulando as armas, expressando sua condenação em relação a essa situação.
Durante a sessão desta quinta-feira (23) na Câmara Municipal de Feira de Santana, o vereador Silvio Dias, do Partido dos Trabalhadores (PT), denunciou o desaparecimento de armas da Guarda Municipal da cidade. 🚨 Segundo ele, foram equipamentos do modelo .40, doados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele falou sobre os desdobramentos do sumiço.
“O que ouvimos é que foi aberta uma sindicância para apurar o sumiço que já é, por si só, um fato grave. O sumiço de armas demonstra o descontrole que é a gestão municipal como um todo. Uma gestão que não controla sequer um material que tem que ser monitorado, que são as armas. Todas as polícias têm uma atenção especial em relação às armas”, disse. 🔍
O vereador também relatou que somente os agentes que trabalham nas viaturas estão manuseando as armas. Aqueles policiais que ficam apaisana em praças e no centro, por exemplo, estão andando desarmados. Ele falou que é uma atitude completamente inconsequente desarmar a Guarda Municipal. ⚠️
O cenário se agrava ao retirar as armas de todos os agentes da Guarda Municipal que estão em serviço em Feira de Santana. A decisão mantém as armas apenas para aqueles que estão nas viaturas, deixando desarmados os que trabalham em locais como o Parque da Cidade, o Parque Erivaldo Cerqueira e outros ambientes, inclusive em situações de risco. Isso ocorre porque a guarda optou por recolher todas as armas, expondo esses agentes que saem de suas casas fardados a um risco maior enquanto defendem a sociedade. O vereador enfatizou que, para a criminalidade, não importa se é a Guarda Municipal, a Polícia Militar, a Polícia Civil ou a PRF; qualquer agente de segurança pública é visto como uma ameaça. E quando desarmado, esse agente fica vulnerável, colocando sua vida em perigo. Além disso, o vereador atribuiu à prefeitura a responsabilidade de lidar com o sumiço das armas e garantir a distribuição adequada dos artefatos aos agentes.
A prefeitura tem, sim, a obrigação de investigar, trazer a público o resultado dessa sindicância, e abrir processo administrativo se necessário. No entanto, também tem a responsabilidade imediata de devolver as armas aos policiais em situação de risco. 🕵️♂️ Isso é uma clara demonstração de negligência com a segurança pública”, afirmou.
Silvio Dias também mencionou que, em 22 de novembro, 50 novos agentes foram formados, mas nem o prefeito, Colbert Martins Filho, nem o secretário da Seprev (Secretaria de Prevenção à Violência) estiveram presentes na cerimônia. 🤔
Sobre o sumiço das armas, ele explicou que não há informações oficiais sobre quando ou quantos equipamentos desapareceram. A princípio, a notícia que chegou foi que três armas sumiram e uma sindicância foi aberta. Ele repudiou a falta de divulgação por parte do órgão municipal.
“A informação que chegou foi que três armas sumiram, não tenho certeza, porque não tem informação oficial por parte da prefeitura, o que é um absurdo. Deveria isso estar publicizado, inclusive no momento da abertura da sindicância, para que a sociedade tome conhecimento do que vem acontecendo. É possível em qualquer órgão policial sumir armas? É possível, não deveria, mas é possível, infelizmente. Agora, o que nos causa espanto é a atitude da Guarda Municipal em recolher as armas daqueles que utilizam essa arma. O fato de sumir já demonstra uma desorganização. Pelo que nós somos informados, o sumiço só foi detectado muito tempo depois. Já demonstra o descontrole com que o tema é tratado. Agora, se sumiu a arma, se ela estava na posse, ou melhor, acautelada a um agente, basta saber desse agente. Não é porque ‘João’ teve sua arma furtada, ou sumiu, ou perdeu, extraviada, que você vai punir. Colocar toda uma Guarda Municipal em risco no momento que retira o armamento. Ou a Guarda hoje, está utilizando a sua arma particular, ou está andando desarmada”, finalizou. 🤷♂️