Substância K9: Quais são as consequências do uso desta droga que induz a um estado de “zumbificação”?

A droga conhecida como K9, apelidada de “zumbi”, tem experimentado um aumento alarmante no número de usuários. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo identificou um aumento notável de possíveis casos de intoxicação relacionados a essa substância química ao longo do ano de 2022, com 98 registros. De janeiro a abril de 2023, o número de atendimentos semelhantes subiu para 216, abrangendo tanto a rede pública quanto a privada de saúde.

Um dos principais fatores por trás desse crescimento no consumo está relacionado ao preço acessível da droga. A maconha sintética, K9, está disponível a preços tão baixos quanto o crack, com valores frequentemente inferiores a 10 reais no Brasil, e, às vezes, até metade desse valor.

Para compreender os efeitos dessa substância no organismo e o impacto devastador que ela pode causar na vida do indivíduo e de sua família, confira o artigo a seguir, que conta com a colaboração da Dra. Ana Maria Noyama, psiquiatra do Hospital Santa Mônica.



 

A droga K9, também conhecida como “zumbi” devido aos efeitos extremos que provoca, é uma substância sintética que tem gerado crescente preocupação em todo o mundo devido aos seus efeitos perigosos e ao aumento no número de usuários.

A K9 é uma forma de maconha sintética, mas sua composição química difere significativamente da maconha natural, tornando-a muito mais potente e imprevisível. Ela é frequentemente criada em laboratórios clandestinos, onde os fabricantes combinam produtos químicos variados para produzir uma substância que simula os efeitos da maconha, mas com riscos e intensidade muito maiores.

O nome “K9” não é uma designação científica, mas sim uma denominação de rua para essa droga. Ela é vendida sob várias formas, como pó, líquido ou até mesmo como uma substância pulverizada em ervas secas. A K9 é conhecida por ser extremamente barata, frequentemente custando menos do que outras drogas ilícitas, o que a torna mais acessível a diferentes camadas da população.

Os efeitos da K9 no organismo são imprevisíveis e podem variar amplamente de uma pessoa para outra. Entre os efeitos mais relatados estão alucinações, paranoia extrema, comportamento violento, perda de controle motor e uma sensação de “zumbificação”, na qual o usuário se torna quase catatônico. Além disso, a K9 é altamente viciante, levando a um ciclo de consumo cada vez mais perigoso.

Uma das preocupações mais sérias é que a K9 é frequentemente associada a surtos de overdose e mortes súbitas, uma vez que os usuários podem ingerir quantidades perigosamente altas da substância em busca de uma experiência mais intensa.

A legislação em relação à K9 varia de país para país, mas muitas nações estão implementando medidas mais rigorosas para controlar essa droga e educar o público sobre os riscos envolvidos no seu consumo.

Em resumo, a droga K9 é uma maconha sintética altamente perigosa, que se diferencia substancialmente da maconha natural em termos de composição química e efeitos. Seu uso representa sérios riscos para a saúde dos usuários e continua sendo uma questão crítica de saúde pública.

 

 

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