Deputada Carla Zambelli e assessores são alvo de operação da PF
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (2) uma operação para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e seus assessores. A investigação apura suspeitas de falsificação de documentos e invasão de sistemas públicos.
A operação, batizada de “Infiltrados”, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Zambelli em Brasília e São Paulo. Também foram detidos dois assessores da deputada, Renan César Silva Goulart e Jean Hernani Guimarães Vilela.
De acordo com a PF, a investigação apura que Zambelli e seus assessores teriam contratado um hacker para invadir sistemas públicos e obter informações sigilosas. Essas informações teriam sido usadas para falsificar documentos, como alvarás de soltura e mandados de prisão.
- PF apura supostos pagamentos de assessores de Zambelli a hacker
Um dos documentos falsos que teriam sido emitidos pelo grupo é um alvará de soltura para o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ribeiro foi preso em março deste ano por suspeita de corrupção e tráfico de influência.
A PF também investiga a participação de Zambelli e seus assessores em uma tentativa de invasão do sistema do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo teria tentado obter informações sigilosas sobre as investigações que a Corte está realizando contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Zambelli nega todas as acusações e diz que é vítima de perseguição política. Ela afirmou que vai colaborar com a investigação e que está confiante de que será absolvida.
A operação “Infiltrados” é um desdobramento da investigação que a PF está realizando sobre o vazamento de informações sigilosas do STF. O grupo que vazou as informações é suspeito de ter ligações com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
A investigação da PF sobre o vazamento de informações do STF é um dos maiores escândalos políticos do país nos últimos anos. O caso tem gerado grande polêmica e tem sido usado por apoiadores do presidente Bolsonaro para atacar a Corte.