Os alunos da Uefs iniciaram uma greve sem prazo determinado.

No decorrer da greve, estão planejadas diversas ações, incluindo distribuição de panfletos para comunicar à comunidade os motivos do protesto.

No contexto do movimento grevista em curso, uma série de atividades está programada, com destaque para a realização de panfletagens cujo objetivo é informar à comunidade os motivos que motivaram a paralisação. Essa estratégia visa conscientizar o público sobre as demandas dos grevistas e fortalecer o apoio à causa. Além disso, tais ações demonstram a determinação dos estudantes em lutar por suas reivindicações e em manter a comunicação aberta com a sociedade, buscando apoio para seus objetivos durante o período de greve. Nesse contexto, a distribuição de panfletos desempenha um papel importante na disseminação de informações e na mobilização da comunidade acadêmica e do público em geral.



Em uma decisão marcante, estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) optaram por deflagrar uma greve por tempo indeterminado em resposta às contínuas demandas por melhorias na infraestrutura, especialmente nos cursos de saúde, e contra a carência de professores. A deliberação foi tomada durante uma assembleia geral que reuniu mais de 1.700 estudantes no campus, culminando em 806 votos a favor da greve, 700 contra e 15 abstenções.

Foto: Mairan Reis

O movimento grevista, inicialmente liderado pelos estudantes de medicina, ganhou adesão de participantes de diversos cursos ao longo da mobilização. Na assembleia, temas cruciais abordados incluíram a busca por destinar 7% da receita líquida do estado para as universidades, garantir a continuidade dos serviços essenciais, assegurar o pagamento das bolsas de estudo – desmentindo especulações sobre sua suspensão – e a necessidade de adotar a greve como meio de pressionar o governo a atender às reivindicações dos estudantes. Este episódio reflete não apenas a insatisfação acadêmica, mas também a determinação dos estudantes em buscar melhorias substanciais em sua instituição de ensino.

Na assembleia geral histórica, diversos professores compartilharam suas perspectivas, alguns expressando apoio à greve e evidenciando preocupações como a escassez de docentes, instalações de laboratório precárias e alegações de assédio por parte de alguns professores. Por outro lado, alguns estudantes manifestaram apreensão em relação aos possíveis impactos adversos que uma greve poderia ter em seus calendários acadêmicos, instando a busca por alternativas à paralisação.

No decorrer do movimento grevista, uma série de ações está planejada, incluindo a realização de atos, com destaque para a panfletagem, visando informar à comunidade os motivos subjacentes ao protesto. A Associação dos Professores (Adufs) declarou seu respaldo aos docentes, enfatizando as questões levantadas inicialmente pelos estudantes do curso de Medicina. Estas questões, relacionadas à carência de professores, não são novas para a instituição, sendo que no mês passado, estudantes de diferentes cursos já haviam denunciado a mesma situação.

A nota da associação destaca, além disso, diversas problemáticas, como as condições dos laboratórios, a situação do Restaurante Universitário, as questões de mobilidade acadêmica e a falta de atenção à política de permanência estudantil, especialmente no que diz respeito à atualização do valor das bolsas de pesquisa e à alocação de recursos na Receita Líquida de Impostos (RLI).

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