O fim da internet no BRASIL entenda o motivo!

Operadoras alertam para a possibilidade de a internet no Brasil ser interrompida devido a uma usina em Fortaleza. Compreenda os riscos envolvidos.

A construção de uma estação de dessalinização de água marinha na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), está no centro de uma disputa entre operadoras de telecomunicações e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A controvérsia gira em torno da possível ameaça aos 17 cabos submarinos de fibra óptica que conectam a capital cearense à América do Norte, à Europa, à África e à Ásia.

A polêmica ganhou destaque online após uma entrevista publicada no domingo (19) pela “Folha de S. Paulo”, na qual o vice-presidente de Relações Institucionais da Claro Brasil, Fabio Andrade, alertou que “a internet do país vai parar” em caso de rompimento dos cabos. A Cagece nega qualquer risco de ruptura devido à instalação da planta de dessalinização, argumentando que modificou o projeto original para aumentar a distância em relação aos cabos de fibra óptica.

A Conexis Brasil Digital, sindicato que inclui algumas das principais operadoras do país, destaca que a região representa 90% do tráfego de dados no Brasil. As operadoras alegam que tanto a construção quanto a operação da planta de dessalinização representariam um risco de ruptura dos cabos, podendo causar instabilidade nos data centers próximos à Praia do Futuro, conforme afirmou Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis. Este impasse coloca em evidência a importância estratégica da infraestrutura de comunicação para a conectividade do país.

Neste cenário, o presidente-executivo da Conexis destaca que as vibrações e impactos resultantes das obras ou da operação da planta de dessalinização podem comprometer significativamente o tráfego e o armazenamento de “bilhões de dados”. Ele ressalta a importância de considerar a vasta extensão litorânea disponível para captação de água do mar e atendimento à população local.

Com um investimento estimado em R$ 526 milhões, a estação de dessalinização, a ser financiada por um consórcio privado, está projetada para fornecer mil litros de água potável por segundo, beneficiando pelo menos 720 mil pessoas. O presidente da Cagece, Neuri Freitas, rebate a sugestão de realocar a planta, argumentando que a escolha do local envolve não apenas custos, mas também considerações relacionadas à qualidade da água e às correntes marinhas.

Ao analisar alternativas como Cumbuco, a cerca de 30 quilômetros da capital cearense, e Sabiaguaba, próxima a Aquiraz, Freitas destaca que a mudança resultaria em custos adicionais de R$ 200 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente. Ele ressalta a necessidade de manter a proximidade com os reservatórios da Cagece e escolher um local adequado. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está atualmente conduzindo um procedimento administrativo relacionado ao tema, recomendando uma possível alteração de projeto para evitar impactos nos cabos submarinos de fibra óptica. A revisão recente do projeto, que agora prevê uma distância maior entre as tubulações e os cabos, está sob análise da agência reguladora. A Cagece assegura que as alterações garantem a segurança dos cabos submarinos, essenciais para a estabilidade da infraestrutura de internet na região.



 

 

spot_imgspot_img

Related articles

spot_imgspot_img

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here