HADDAD CONFIRMA A CRISE: O GOVERNO QUEBROU?

O sinal de alerta foi disparado pelo próprio Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A mensagem é clara e direta: se o Congresso não aprovar medidas para aumentar a arrecadação, como o controverso aumento do IOF, o Brasil pode enfrentar um “shutdown” do governo. Mas o que isso realmente significa? Estamos diante de uma confissão de que o governo quebrou?

A verdade é que a situação é grave. A ameaça de Haddad, que soa como uma tática de pressão sobre deputados e senadores, revela o tamanho do buraco fiscal em que o país se encontra. O governo, que apostou em uma política de expansão de gastos para, supostamente, garantir popularidade e vencer as próximas eleições, agora se vê encurralado. O colapso, que alguns previam para 2027, parece estar batendo à nossa porta bem antes do esperado.

O que é o “Shutdown” à Brasileira?

É crucial entender o que está em jogo. Ao contrário do que muitos podem pensar, inspirados pelo modelo americano, o “shutdown” aqui não significa a paralisação completa do país.

  • Serviços Essenciais Continuam: Salários de servidores, aposentadorias, Bolsa Família e o funcionamento básico de hospitais e escolas (na medida em que já funcionam) não seriam interrompidos.
  • O Fim do Investimento: O verdadeiro impacto seria no congelamento total das verbas discricionárias. Isso significa que o governo perderia a capacidade de fazer qualquer novo investimento. Aquela refinaria prometida, as novas fases do Minha Casa Minha Vida, as obras de infraestrutura — tudo isso seria paralisado por falta de dinheiro.

Em resumo, o “shutdown” seria o fim da capacidade do governo de criar despesas novas, limitando-o apenas ao pagamento das contas obrigatórias. Para o cidadão comum, o efeito imediato pode parecer pequeno, mas para o futuro do país, é uma catástrofe. Para o projeto de poder de Lula, que depende de obras e gastos para se manter relevante, é um golpe fatal.

A Raiz do Problema: Gasto Descontrolado e a Recusa em Cortar

A crise não surgiu do nada. Ela é o resultado direto de uma filosofia de governo que despreza a responsabilidade fiscal. Enquanto a solução óbvia seria cortar despesas — privatizar estatais ineficientes como Petrobras e Correios, enxugar a máquina pública e demitir apadrinhados —, o governo escolhe o caminho oposto.

A alternativa de Lula não é a austeridade, mas sim o aumento de impostos. A intenção é fazer com que o cidadão brasileiro pague a conta da gastança, financiando um projeto político que visa, acima de tudo, a perpetuação no poder. A promessa de que a responsabilidade fiscal seria a marca do governo se desfez, como muitos já previam.

A Crise Política: O Racha com o STF

Para piorar o cenário, o governo já não conta com o apoio incondicional do Supremo Tribunal Federal (STF). A tentativa de empurrar para o Judiciário a responsabilidade de aprovar medidas impopulares, como o aumento do IOF, está causando um mal-estar profundo. O STF, que foi fundamental para viabilizar a volta de Lula ao poder, agora percebe o enorme custo político de suas decisões.

A popularidade dos ministros está em queda livre, e a percepção de que atuam como um braço do governo para impor uma agenda impopular se consolida. O STF está começando a entender que o “jabuti” que ajudaram a colocar no topo da árvore não consegue governar sozinho e que o desgaste de sustentá-lo pode ser insuportável.

Um Fim Anunciado

A dívida pública já ultrapassa os R$ 7,6 trilhões. O Brasil está, na prática, quebrado. E o mais frustrante é que este era um desfecho previsível. Analistas e críticos, como o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga — que, ironicamente, declarou voto em Lula —, agora apontam a “falta de um caminho para o país”.

A verdade é que o caminho sempre foi este: o da gastança, do inchaço do Estado e, consequentemente, da ruína econômica. Aqueles que, em 2022, optaram por remover um governo que, apesar de suas falhas, mantinha uma agenda de responsabilidade fiscal com o teto de gastos e aproximação com a OCDE, agora colhem os frutos de sua escolha.

O “shutdown” pode até ser uma ótima notícia para o Brasil neste momento. Forçar o governo a viver apenas com o essencial, sem dinheiro para novos gastos e projetos eleitoreiros, talvez seja o remédio amargo, mas necessário, para começar a reverter o desastre.

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