As declarações de Bolsonaro estão relacionadas às indagações sobre um esquema ilícito de comercialização de presentes oferecidos ao governo do Brasil, que está direcionado a indivíduos próximos ao antigo presidente.
As investigações incluem a divulgação de informações financeiras dele e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, após a autorização para analisar possíveis conexões.
No entardecer da última sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi agraciado com o título de cidadão goiano, em uma cerimônia realizada na cidade de Goiânia. Em seu discurso durante o evento, Bolsonaro destacou sua estadia de três meses nos Estados Unidos, mas enfatizou sua escolha de retornar ao solo brasileiro, ciente dos desafios e perigos que essa decisão implica.
O título de cidadão goiano concedido a Bolsonaro marcou um momento de reconhecimento público em Goiânia na sexta-feira (18). No discurso proferido durante a cerimônia, o ex-presidente relembrou um período de três meses que passou nos Estados Unidos. No entanto, suas palavras ressoaram com a firme determinação de retornar ao Brasil, mesmo consciente dos riscos inerentes à sua presença no território nacional.
As declarações de Bolsonaro estão direcionadas para as investigações conduzidas tanto pela Polícia Federal quanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essas investigações têm como foco indivíduos de sua proximidade. As suspeitas envolvem alegações de envolvimento em um suposto esquema de comercialização ilícita de presentes que foram oferecidos a Bolsonaro em ocasiões oficiais. De acordo com informações da Polícia Federal, os recursos provenientes dessa venda teriam como destino o ex-presidente.
No âmbito dessa investigação, encontra-se sob escrutínio o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que atualmente se encontra detido. A véspera das declarações do ex-presidente em Goiânia foi marcada pelas palavras do advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, que antecipou a intenção do seu cliente de realizar uma confissão junto à Polícia Federal, na qual alegaria que a venda das joias foi realizada sob instrução de Bolsonaro.
No mesmo contexto, na quinta-feira (17), o ministro do STF Alexandre de Moraes emitiu uma ordem para a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente, bem como da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.