🔍 É estabelecido o Comitê de Monitoramento da Raiva em Feira de Santana.
O esforço no enfrentamento da raiva recebeu um reforço significativo em Feira de Santana, onde, na última terça-feira (10), membros do recém-criado Comitê de Monitoramento da Raiva se reuniram para delinear estratégias voltadas à prevenção e controle do vírus. A reunião ocorreu nas instalações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), evidenciando a seriedade e abrangência do compromisso assumido.
Este comitê, concebido neste mês pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), surge em resposta ao alarmante aumento de casos positivos de raiva na localidade. Seus participantes incluem diversos setores, como Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Atenção Básica, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e CIEVS, contando também com a contribuição das referências do Núcleo Regional de Saúde.
O panorama atual revela uma situação preocupante, com nove das cinquenta amostras de morcegos enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) neste ano testando positivo para raiva. Este número representa um aumento assustador de 100% em comparação com o ano anterior, onde nenhuma das cinco amostras analisadas entre janeiro e dezembro de 2022 apresentou resultados positivos.
Mirza Santana, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, aponta como principal desafio a necessidade de a população relatar incidentes de agressão por animais, tanto silvestres quanto domésticos, enfatizando a importância da imunização de cães e gatos. Destaca-se a intensificação das campanhas de vacinação, realizadas nos bairros, como medida essencial para proteger os animais.
Santana também ressalta a orientação para que a população evite o contato direto com morcegos e outros animais silvestres. Em casos de descoberta de morcegos mortos, a ativação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é crucial, pois esses animais podem ser portadores do vírus da raiva.
No caso de mordidas de animais, os moradores são instruídos a procurar as Unidades de Saúde da Família vinculadas ao Programa Saúde na Hora, em funcionamento até às 21h, ou recorrer à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Queimadinha e ao Centro de Saúde Especializada (CSE), reconhecidos como referências no atendimento a esses casos.
A enfermeira referência técnica da raiva da SMS, Sandra Ribeiro, destaca a importância de estar atento a sinais como mal-estar, irritabilidade, confusão mental, inquietação e aumento da saliva, enfatizando que, ao identificar tais sintomas, é imperativo buscar atendimento médico imediato para prevenir complicações. Essa abordagem abrangente e proativa evidencia o compromisso da comunidade em enfrentar e controlar efetivamente a ameaça da raiva.